A REFORMA PROTESTANTE E
SUAS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS
Martinho Lutero : Pai
da Reforma Protestante
Motivos
O processo de reformas
religiosas, teve início no século XVI.
Podemos destacar como
causas dessas reformas:
- Abusos cometidos
pela Igreja católica, e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento
renascentista. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo
sua identidade.
Gastos com luxo e
preocupações materiais, estavam a tirar o objectivo católico dos trilhos,
Muitos elementos co clero desrespeitavam as regras religiosas, principalmente o
que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar
os rituais, deixavam a população insatisfeita.
A burguesia comercial,
em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os
clérigos católicos condenavam seu trabalho. O lucro e juros, típicos de um
capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da Basílica de S.
Pedro em Roma, com a venda das indulgências ( venda do perdão). No campo
político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito
nos comandos que eram próprios da realeza. O novo pensamento renascentista,
também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava
a ler mais e a formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos,
com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do
mundo.
Um pensamento baseado na
ciência e na busca da verdade, através de experiencias e da razão.
A Reforma Luterana – O monge alemão, Martinho Lutero, foi um dos primeiros a
contestar fortemente os dogmas da Igreja católica. Afixou na porta da Igreja de
Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica. As 95
teses de Martinho Lutero, condenavam a venda de indulgências, e propunha a
fundação do luteranismo ( religião luterana).
De acordo com Lutero,
a salvação do homem ocorria pelos actos praticados em vida e pela fé. Embora
tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da
época. Em suas teses, condenou o culto a imagens e revogou o celibato.
A Reforma Calvinista
Na França, João
Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino, a
salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia Calvinista,
atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores
também viram nesta nova religião, uma forma de ficar em paz com sua religiosidade.
Calvino também defendeu a ideia da predestinação.
A Reforma Anglicana
Na Inglaterra, o rei
Henrique VIII, rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento
do rei. Henrique VIII funda o Anglicanismo, e aumenta seu poder e suas posses,
já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.
A Contra- Reforma
Preocupados com os
avanços do protestantismo, e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na
cidade italiana de Trento, ( Concílio de Trento), com o objectivo de traçar um
plano de reacção.
No concílio de
Trento, ficou
definido:
- Catequização dos
habitantes de terras descobertas, através da acção dos Jesuítas
- Retomada do Tribunal
do Santo Ofício – Inquisição -: punir e condenar os acusados de heresias.
- Criação do Index
Librorium Proibitorium ( Indíce dos livros proibidos): evitar a propagação de
ideias contrárias à Igreja Católica.
Intolerância
Em muitos países
europeus, as minorias religiosas foram perseguidas, e muirtas guerras
religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos / 1618-
1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra por motivos
puramente religiosos. Em França, o rei mandou assassinar milhares de
calvinistas, na chamada noite de São Bartolomeu.
O Catolicismo muda a Bíblia
Após o Concílio de
Trento, com o intuito de frear decisivamente o progresso do protestantismo, a
religião católica, mudou a Bíblia e acrescentou 7 ( sete) livros no Velho
Testamento, além de inserir vários textos em outros livros do Velho Testamento.
Estes sete a mais que
tem a Bíblia Católica, são chamados de Livros Apócrifos, que quer dizer: livros
não inspirados. São chamados apócrifos porque não foram considerados
inspirados por Deus, como os demais livros da Bíblia.
A Bíblia Católica
Seguindo a Vulgata que traduziu da LXX (
Septuaginta), o cânon católico, incorporou os apócrifos após a Reforma. Quando
a Vulgata os inseriu, distinguiu-os dos outros, que chamou de canónicos. Aos
apócrifos chamou-os de eclesiásticos. Ao todo são 12 livros ou enxertos.
VULGATA : Contém os livros de I Esdras, II
Esdras, Tobias, Judite, Adição a Esther ( do capítulo 10;4 ao capitulo 16),
Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, Adições a Daniel ( chamado de apêndice, os
capítulos 12 e 13, contendo a história de Susana, História de Bel, Daniel
matando o Dragão, Daniel novamente na cova dos leões, e o Rei dando Glória ao
Senhor), Oração de MANASSÉS, i Macabeus e II Macabeus
Pela ordem cronológica
em que estão, temos:
Tobias, Judite,
Acréscimos a Ester, Sabedoria, Eclesiastico, Baruc, Acréscimos a Daniel, I
Macabeus, II Macabeus. No total de sete livros e dois acréscimos.
Algumas Informações
a) Judite, foi
escrita no séc II a.C. é a história de uma judia que mata Holofernes. Ver a nota
da BJ – Bíblia de Jerusalém, p. 725
b)
O
Códice Vaticano, um dos manuscritos mais respeitados, não tem Macabeus;
c)
II
Macabeus 15;37, faz um discurso para justificar o suicídio;
d)
No
livro de Tobias, o anjo Rafael mente e engana as pessoas;
e)
Sabedoria
foi escrito no ano %0 a.C.
Razões da Rejeição
a.
O
velho testamento já estava produzido; ( hebraico)
b.
A
maioria produzida em grego
c.
Rejeição
pelos judeus da cultura gentia;
d.
Prevaleceu
para os judeus o cânon palestiniano;
e.
A
postura Protestante: A Bíblia produziu a Igreja
A postura Católica : a Igreja produziu a Bíblia, e também a
Tradição. Inclusivé nivela – as. Por isso, pode acrescentar e tirar.
A BÍBLIA CONTÉM AS ESCRITURAS
SAGRADAS
( Conclusão)
A Bíblia foi escrita num período muito longo, aproximadamente
1 500 anos. São diversos autores, são mais de 40 homens ungidos pelo Espírito
Santo, eram pessoas de todas as classes sociais, do humilde ao nobre. Desde a
sua finalização, já são quase dois mil anos.
Apesar dos milénios, continua na sua forma oreiginal. Com certeza,
é a mão do Senhor em sua preservação. É um livro específico para o povo de
Deus.
O ímpio encara a como mais uma literatura e não dão a devida
credibilidade às suas informações. Ela foi escrita para os eleitos! E para
aceitá-la, é preciso crer integralmente em suas informações. É um Livro de Fé,
para um Povo de Fé. Explicá-la é praticamente desnecessário.
Entendê-la, não depende de uma boa formação cultural, de
sabedoria, ou mesmo dominar sua língua original.
Na verdade, apenas se aceitam seus princípios, sem
questioná-los! É a única fonte reveladora de Deus, Sua vontade e propósitos
para Seus filhos. Aos que querem viver em comunhão com o Eterno, precisam
conhecê-la e meditar em suas verdades.
O QUE A BÍBLIA DIZ DE SI PRÓPRIA
É inspirada por Deus (
2 Tim 3;16)
E pelo ERspírito Santo ( At 1;16 – Hb 3;7 – 2 Pe 1;21)
O Senhor Jesus mostrou sua eficácia ao citá-la diversas vezes
( mat 4;4 – Mc 12;10 – Jo 7;42 )
Além de usá-la para ensinar seus seguidores ( Lc 24;27)
Isto é o suficiente para jamais a colocarmos em dúvida. Em sua leitura, constatamos que é chamada de
muitas vezes de Palavra de Deus e de Cristo ( Tg 1;21 – 1 Pe 2;2 – Lc 11;28 –
Hb 4;12 – Cl 3;16).
São muitos os termos usados pelo
Senhor para denominá-la……..
- palavra da Verdade ( Tg 1;18)
- Escrituras ( Dn 10;21 – Rm 1;2 – 2 Tm 3;15)
- Livro do Senhor e da Lei ( Sl 40;7 – Ap 22;19 – Is 34;16 –
Ne 8;3 – Gl 3;10
- Lei do Senhor ( Sl 1;2 – Is 30;9)
-Espada ( Ef 6;17)
-Oráculos do Senhor ( Rm 3;2 – 1 Pe 4;11)
E muitas informações diversas:
- As promessas do Evangelho ( Rm 1;2)
- Leis, estatutos e Juízo ( Dt 4;5, 14 – Ex 24 ;3,4)
- Profecias ( 2 Pe 1;19-21)
- Testemunho a respeito de Cristo ( Jo 5;39 – At 10;43 -18;28
– 1 Co 15;3)
-A Bíblia é auto suficiente, ela explica se em suas próprias
páginas, sendo desnecessária qiualquer outra literatura para fazer se
entenbder.
Ela é completa ( Lc 16;29-31) e o suficiente para nos guiar
sem erros ( Pv 6;23 – 2 Pe 1;19) em direcção à salvação pela Fé ( 2 Tm 3;15)
Os seus ensinamentos são descritos
como:
Puros ( Sl 12;6 – 119;140 – Pv 30;5)
Eternos ( Sl 119 ;160 – Jo 17;17)
Perfeitos ( Sl 19;7)
Preciosos ( Sl 19;10 – Hb 4;12)
E foram escritos para nossa instrução e Conhecimento ( Rom
15;4), são direccionados a todos os homens ( Rm 16;26), este porém, não devem
subtrair ou adicionar nada ao seu conteúdo ( Dt 4;2 12;32).
A finalidade principal de seus ensinamentos é :
Regenerar ( Tg 1;18 – 1Pe 1;28 – sl 19;7)
Vivificar ( sl 119;50 a 93)
Iluminar ( Sl 119;130
Santificar ( Jo 17;17
- Ef 5;26)
Produzir Fé ( Jo 20;31)
Conceder Esperança ( Sl 119;49 – Rm 15;4)
Levar à Obediencia ( Dt 17;19,20)
Purificar ( Jo 15;3 Ef 5;26 – Sl 119;9)
Dá crescimento ( 1 Pe 2;2)
Edificar ( At 20;32) – 1 Ts 2;13)
Aconselhar ( Sl 19;11- 1 Co 10;11)
Consolar ( Sl 119;82 – Rm 15;4
Alegrar ( Sl 19;8 – 119;111)
No entanto, estes ensinamentos serão verdadeiramente
entendidos apenas por aqueles que se deixam envolver pelo Espírito do Senhor;
os demais, que não possuem o Espírito não conseguem entendê-la ou aceitá-la (
Jo 6;36 – 2 Co 3;6) e a sua ignorância os leva ao erro ( Mat 22;29) At 13;27).
O Senhor Jesus e o Espírito Santo , nos capacitam a
entendê-la e a aceitá-la sem
questionamentos.
O homens que foram transformados em novas criaturas, devem
observar seus ensinamentos e aceitá-los. É fonte de vida e crescimento na
comunhão com o Eterno.
Os homens que continuam a viver segundo a carne,
impulsionadospelo maligno, são inimigos da palavra, e para estes, os seus
ensinamentos são nulos ( Mc 7;9-13), rejeitados (Jrm 8;9) e não obedecidos (
Sl119;158)
Aconselha-se que a Bíblia deva ser observada, e seus
ensinamentos praticados no dia a dia, meditando em suas verdades, que nos
aproximam e nos fazem semelhantes ao Criador.
COMO A BÍBLIA FOI TRADUZIDA PARA O
PORTUGUÊS
A HISTÓRIA DA TRADUÇÃO DA Bíblia em português, começa em
terras lusitanas com o rei D. Diniz ( 1279-1325), grande precursor dessa tarefa
tão importante. Com base na Vulgata Latina, de Jerónimo, o rei D. Diniz,
traduziu para o português vinte capítulos do Livro de Génesis. No entanto, os
mais antigos registos de trechos da Bíblia, em português, que foram deixados
para a posteridade são de 1495.
Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da
Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a
tarefa que abraçou ainda muito jovem. Entre a grande maioria dos evangélicos no
Brasil e em Portugal, o nome de João Ferreira de Almeida, está intimamente
ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, ele é o autor ( ainda que não o único)
da tradução da Bíblia, mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros.
Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade
Bíblica do Brasil- a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e
Actualizada – a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores
evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por a Bíblia no
BRASIL.
Se a obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer
de seu autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado a respeito deste português de
Torres de Tavares, que morreu há 300 anos na Batávia ( actual ilha de java,
Indonésia). O que se conhece hoje da vida de Almeida, está registado na
“Dedicatória” de um de seus livros, e nas actas dos presbitérios de Igrejas
Reformadas do Sudeste Asiático, para as quais trabalhou como pastor,
missionário e traductor, durante a segunda metade do século XVII.
De acordo com esses registos, em 1642, aos 14 anos, João
Ferreira de Almeida, teria deixado Portugal para viver em Malaca ( Malásia).
Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo,
e transferia-se com o objectivo de trabalhar na igreja Reformada Holandesa
local. Dois anos depois, começou a traduzir para o português, por iniciativa
própria, parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol. Além
da versão Espanhola, Almeida usou como fontes nessa tradução as Versões Latina
( de Besa), Francesa e Italiana- todas elas traduzidas do grego e do hebraico.
Terminada em 1645, essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor,
fez cópias à mão do trabalho, as quais hoje foram mandadas para as congregações
de Malaca, Batávia e Ceilão ( hoje Siri Lanka). Mais tarde, Alemida tornou-se
membro do Presbitério de Malaca, depois de escolhido como capelão e diácono
daquela congregação.
CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA
·
A
Palavra Bíblia, vem do grego, através do
latim, significa= Livros
·
A
Bíblia já foi traduzida por mais de 1
500 línguas e dialectos
·
No
ano de 1250, o Cardeal caro dividiu a Bíblia em capítulos, que foram divididos
em versículos no ano 1550, por Robert
Stevens.
·
A
Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 anos.
·
É
uma obra com cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes
agricultores, pescadores, até renomados reis.
·
O
Antigo Testamento, foi escrito em hebraico, com excepção de algumas passagens
de Esdras, Jeremias e Daniel, que foram escritos em aramaico.
·
O
Novo Testamento foi escrito em grego.
·
O
Codex Vaticanus é provavelmente o mais antigo exemplar da Bíblia, em forma
completa.
·
A
primeira tradução completa da Bíblia,
para o inglês, foi feita por Wycliffe, em 1380.
·
Martinho
Lutero foi o primeiro tradutor da Bíblia para a língua do povo alemão.
·
Na
Biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi
escrita em 470 folhas de palmeira.
·
O
Livro mais antigo da Bíblia, não é Génesis, mas Jó. Acredita-se que foi escrito
por Moisés, quando esteve no deserto. 1520 a. C.
·
O
primeiro Salmo encontra –se em II Samuel 1:19-27, um elogio de David em memória
de Saul e seu filho Jônatas.
·
A
Bíblia contém 1189 capítulos e 31 103 versículos.
·
Ester
8;9 é o maior versículo da Bíblia.
·
No
Livro de Ester, e no Livro de Cantares, não se encontra a palavra Deus.
·
O
Antigo Testamento, termina com uma maldição, e o Novo Testamento termina com
uma bênção.
·
O
último Livro da Bíblia a ser escrito foi III
São João
·
Há
3 573 promessas na Bíblia.
·
O
Livro de Isaías, assemelha-se a uma pequena Bíblia: Contém 66 capítulos, os
primeiros 39 falam da história passada, e os 27 restantes apresentam promessas
do futuro.
·
Dos
quatro evangelistas, só dois andaram com Jesus; Marcos e Lucas não foram seus
discípulos.
·
Todos
os versos do salmo 136, terminam com o mesmo estribilho “ Porque a Sua
Misericordia dura para sempre”.
·
O
Profeta que veio depois depois de Malaquias, foi João Batista.
·
Judas
foi o único dos doze apóstolos que não era gallileu
·
João
era o discípulo mais jovem dos doze.
·
Os
versículos 8, 15, 21, 31 do Salmo 107 são iguais.
·
Matusalém,
o homem mais velho da Bíblia, morreu antes de seu pai, Enoque, que ascendeu ao
Céu.
·
Ló
era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois, porque “ as duas filhas
de Ló, conceberam do próprio pai”. ( Gen 19;36-38)
·
42
mil pessoas perderam a vida, por não saberem pronunciar a palavra Shiboleth (
Juízes 12;5,6) Shilobete = “ Espiga de Cereal” Os efraimitas, possuidores de um
dialecto próprio, pronunciavam esta palavra com um som sibilante de “s” brando
em lugar dum ch” mais forte .
·
Adão
não teve sogra
·
A
única idade de mulher, que se menciona na Bíblia, é a de Sara ( Gen 23;1).
·
A
primeira cirurgia foi realizada por Deus, quando tirou uma costela de Adão. (
Gen 2;21,22)
·
Além
de Jesus, Elias e Moisés, foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40
noites. ( 1º Reis 19;8 e Deut 9;9)
·
A
Arca de Noé tinha três andares ( Gen 6;16)
·
O
Salmo 119, é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176 versículos acham-se
divididos em 22 secções de oito versos cada uma, correspondendo a cada uma das
letras do alfabeto hebraico.
·
Em
gate houve um homem de grande estatura, que tinha seis dedos em cada mão e em
cada pé. ( II Samuel 21;20)
·
Elias
teve o privilégio de comer uma refeição preparada por um anjo.
·
Existem
muitos dados curiosos relativos às estatísticas bíblicas. Um dos números que
mais aparece na Bíblia é o 7. Entre os Hebreus este número era considerado
sagrado e símbolo da perfeição.
·
Noé
tinha 600 anos quando terminou a arca.
·
O
sábio Salomão deixou mais de três mil provérbios.
·
A
operação de matemática mais rendosa, foi efectuada por Jesus quando multiplicou
5 pães e 2 paixes, para alimentar mais de cinco mil pessoas, e ainda sobraram
12 cestos cheios.
·
Talento
era uma moeda grega que valia o equivalente a uns mil e quinhentos dólares.
·
Judas
vendeu Jesus por 30 moedas de prata, equivalentes a uns 20 dólares.
·
Calcula-se
que o presente que Naamã ofereceu a Eliseu, do qual Geazi finalmente se
apropriou, equivalia a uns 48 mil dólares.
·
Tiago,
filho de Zebedeu, foi o primeiro dos apóstolos a morrer pela sua fé. Foi
decapitado à espada por ordem do rei Herodes Agripa I, por volta do ano 44 da
nossa era.
·
Paulo,
o grande apóstolo dos gentios, foi decapitado em Roma, por ordem do tirano
Nero.
·
Em
I Samuel 17;18, o queijo é mencionado pela primeira vez na Bíblia.
·
Em
Juízes 14;18, encontramos um dos exemplos mais antigos de enigma
·
Dois
reis dos amorreus, foram postos em fuga por vespões.
·
A
última cidade mencionada na Bíblia, é a cidade santa. ( Apoc 22:19)
·
Salmo
117, é o capítulo mais curto da Bíblia
·
Salmo
118, é o capítulo que está no centro da Bíblia. Há 594 capítulos antes e depois
do salmo 118.
·
O
Versículo que se encontra no centro da Bíblia, está em Salmo 118;8
COMO MORRERAM OS APÓSTOLOS? ( Segundo a tradição)
O martírio dos apóstolos foi anunciado por Jesus: “ Por isso,
diz tamb´+em a sabedoria de Deus: profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles
matarão uns e perseguirão outros” ( Lucas 11;49)
“ E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis
entregues; e matarão alguns de vós.
E de todos sereis odiados por causa do meu nome “ ( Lucas
21;16-17)
Esta palavra diz respeito, também, aos crentes de um modo geral. Ainda hoje,
anualmente, milhares são martirizados em todo o mundo. “ Se a mim me
perseguiram, também vos perseguiram a vós…..mas tudo isso vos farão por causa
do meu nome “ ( João 15;19-20)
“ Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos…. Eles vos
entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas, e sereis
conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim…. “ (
Mateus 10;16-18) Com relação aos sofrimentos e martírio de Paulo, Jesus
revelou: “ Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome “ (Actos 9;16).
Vamos reflectir:
“ O Evangelho pregado em nossas igrejas, inclui a
possibilidade de sofrimento por amor a Cristo, ou anunciamos somente
prosperidade, fartura, longevidade e saúde?
Ora, vamos ver como os Apóstolos morreram:
ANDRÉ
Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte
afirmação sobre Jesus: “ Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas
notícias a seu irmão Simão Pedro: “ Achamos o Messias” ( João 1;35-42; Mateus 10;2). O lugar do seu
martírio foi em Acaia ( província romana que, com a Macedónia, formava a
Grécia). Diz a tradição, que ele foi amarrado a uma cruz em forma de Xis ( não
foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.
BARTOLOMEU
Tem sido identificado com Natanael. Natural de canaã de
galileia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “ Eis aqui um verdadeiro
israelita, em quem não há dolo” ( Mateus 10;3 João 1;45-47) Exerceu seu
ministério na Anatólia, Etiópia, Arménia, India e mesopotâmia, pregando e ensinando.
Foi esfolado vivo, e cruxificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria
sido golpeado até á morte.
FILIPE
Natural de betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos
primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael ( João
1;43-46). Diz-se que pregou na Frígia e morreu como márytir em Hierápolis.
JOÃO
O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria.
“ O discípulo que Jesus amava” ( João 13;23). Pescador, filho de Zebedeu (
Mateus 4;21). O único que permaneceu perto da cruz ( João 19;26-27). O primeiro
a crer na ressurreição de Cristo ( João 20;1-10). A tradição relata que João
residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no
mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (
Apocalipse 1;9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte
natural com idade de 100 anos.
JUDAS TADEU
Foi quem, na última Ceia, perguntou a Jesus: “ Senhor, por
que te manifestarás a nós e não ao mundo?” (João 14;22,23). Nada se sabe da
vida de Judas Tadeu, depois da ascenção de Jesus. Diz a tradição que pregou o
Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi
martirizado juntamente com Simão, o Zelote.
JUDAS ISCARIOTES
Filho de Simão, traiu Jesus por trinta peças de prata,
enforcando-se em seguida. ( Mateus 26;14-16
: 27;3-5)
MATEUS
Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de
impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaúm ( Marcos 2;14) Mateus 9;9-13
10;3 Actos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiopia, e Persia, pregando e
ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir ne
Etiópia.
MATIAS
Escolhido para substituir Judas Iscariotes ( Actos 1;15-26).
Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedonia. Teria
sido martirizado na Etiópia.
PAULO
Israelita da tribo de Benjamim, ( Filipenses 3;5). Natural de
Traso, na Cilícia ( hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos
Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do Evangelho e
perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias, e fundou várias
igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67
ou 70 ( Actos 8;3 / 13;9 / 23;6 / 13;20
)
PEDRO
Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era o “
Cristo o Filho do Deus Vivo” ( Mateus 17;1-4). Seu primeiro sermão, foi no dia
de Pentecostes. Segundo a tradição, sua cruxificação verificou-se entre os anos
64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser cruxificado de cabeça para
baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.
SIMÃO, O Zelote
Dos seus actos como apóstolo, nada se sabe. Está incluído na
lista dos doze, em Mateus 10;4, Marcos 3;18, Lucas 6;15 e Actos 1;13. Julga-se
que morreu crixificado.
TIAGO, O MENOR
Filho de Alfeu, ( Mateus 10;3). Missionário na Palestina e no
Egipto.
Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.
TOMÉ
Só acreditou na ressurreição de Jesus, depois que viu as
marcas da cruxificação ( João 20;25). Segundo a tradição, sua obra de
evangelização se estendeu à Pérsia ( Pártia) e Índia. Consta que seu martírio
se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de madras, no ano 53 da
era cristã.
COMO ESTUDAR A BÍBLIA
Através do estudo da Bíblia, chegamos a conhecer a verdade
que nos liberta ( João 8;32)
Entretanto, muitas pessoas que acreditam que o estudo da
Bíblia é importante, nunca aprenderam como estudar efectivamente, e entender a
mensagem da revelação de Deus.
Consideremos algumas sugestões práticas, de coisas que nos
ajudarão a ser melhores estudantes da Bíblia.
Atitudes e Preparações necessárias
Antes que possamos estudar efectivamente a Bíblia, precisamos
considerar sua fonte, e abordar o estudo com profundo respeito pelo Deus que
nos criou, e nos revelou sua vontade nas Escrituras. É importante estudar, com
absoluto respeito pela palavra de Deus.
Samuel aceitou a instrução de Eli, e recebeu as palavras de
Deus com uma atitude de humildade : “ Fala,
Senhor, porque o teu servo ouve” (1º Samuel 3;9-10). Cada vez que abrirmos
as páginas das Escrituras, deveremos demonstrar exactamente esta atitude. O
estudante humilde, tem que ter também um coração aberto.
Pedro diz nos que precisamos esvaziar-nos do mal, para que
possamos aceitar o puro evangelho, com o ardente desejo dos recém nascidos
querendo leite ( 1 Pedro 2;1-3). Com humildade e corações abertos, procuramos
cumprir o compromisso de cada servo fiel de Cristo: Obedecer tudo o que Jesus
nos ordenou ( Mateus 28;19-20).
O estudo proveitoso depende também de uma valorização
correcta do texto que estamos a estudar. A Bíblia, contém a completa,
suficiente e final revelação da vontade de Deus para o homem, por isso deverá
ser estudada cuidadosa e respeitosamente. O Estudante fiel da Palavra, deverá
estar familiarizado com as afirmações de textos como 2 Timóteo 3;16-17 / 2
pedro 1;3 / Judas 3 / Hebreus 1;1-4
2;1-3 e Gálatas 1;6-9.
Devemos estudar,
também com respeito, pelo silêncio das Escrituras.
Muitos erros podem ser evitados, se tivermos o cuidado de não
falar presunçosamente quando Deus não falou. Agir quando Deus não disse nada, é
mudar sua Palavra ( veja a ilustração em Hebreus 7;12-14), onde o escritor
mostra que Jesus não foi um sacerdote de acordo com a lei do Velho Testamento,
mas que ele mudou a lei, ao tornar-se num sacerdote de uma tribo que não estava
autorizada servir desta maneira.)
Jesus, tinha o direito de mudar a lei, mas nós não. Tais
passagens como 2 João 9;1 / I Corintios
4;6 e Apocalipse 22;18-19, lembram nos do perigo de ir além ou acrescentar à
Palavra revelada.
Uma outra prática
importante, quando entramos no estudo das escrituras, é a oração. Devemos orar
como o salmista o fez: “ Desvenda os
meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” ( Salmo
119;18).
Ferramentas para o estudo da Bíblia
Há vários recursos que
podem ser úteis em nosso estudo da Bíblia.
O mais importante é a
própria Bíblia. Somos abençoados em nosso tempo, por termos Bíblias, em quase
todas as línguas faladas. Há um bom número de traduções portuguesas. Escolha
uma que seja inteligível, mas que mantenha cuidadoso respeito pela mensagem ao
ser traduzida. Ajuda-nos bastante ter várias traduções diferentes para
comparar.
Muitos outros livros,
têm sido escritos para auxiliar no estudo da Bíblia.
Uma Chave Bíblica, por
exemplo, é muito útil para localizar várias passagens, que usam a mesma
palavra. Serve como um tipo de indíce, listando as palavras da Bíblia, e onde
são encontradas.
Vários tipos de
dicionários, são também bem úteis no estudo da Bíblia. Muitos mal entendidos
podem ser evitados ou corrigidos pela consulta a um dicionário comum.
Dicionários especiais de palavras bíblicas, são ainda valiosos, pois
frequentemente dão explicações úteis do como uma palavra é usada nas
Escrituras. Ainda que eles sejam um pouco difíceis de se aprender a usar, os
dicionários bíblicos baseados nas línduas bíblicas originais ( hebraico e
grego), nos ajudam a apreciar mais precisamente os significados de algumas
palavras. É claro que tais outros livros, não são essenciais ao entendimento de
nossa responsabilidade, diante de Deus, mas podem esclarecer a mensagem bíblica
e auxiliar nos a apreciar sua força e beleza.
Também é útil estudar
o ambiente do texto, usando tais auxílios como os atlas ou os mapas das terras bíblicas,
livros sobre história, etc. Tais livros servem para ressaltar o rico
significado do texto.
Comentários podem ou
não ser úteis, e são simplesmente as explicações dos autores humanos sobre o
significado dos textos bíblicos. Eles vão desde breves artigos, ou mesmo notas
de rodapé em Bíblias de Estudo, até colecções de livros. Podem ser encontrados
boletins, revistas, sermões, etc.
Ao usar todas essas
fontes, precisamos lembrar que seres humanos nunca são infalíveis e que todo o
ensinamento tem que ser examinado á Luz das Escrituras ( Actos 17;11 1 Tessalonicences 5;21-22
Sugestões sobre como estudar a Bíblia
1.
Leia, leia, leia ! O passo mais importante no estudo
efectivo, é a leitura do texto. Isto deverá envolver pelo menos dois tipos de
leitura.
a)
Leitura geral do texto da Bíblia, para tornar-se cada vez mais familiar
com a mensagem, como um todo ( um plano bom e prático é ler a Bíblia inteira
pelo menos uma vez por ano), e
b)
Leitura mais cuidadosa de textos específicos, que estiver a estudar.
2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da Bíblia, é
tirar um versículo do seu contexto, para interpretá-lo de um modo que vai
contra o significado do texto e para o amplo contexto da Bíblia como um todo.
Se estiver a estudar um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado.
Se estiver a estudar um versículo, leia pelo menos o capítulo
que o envolve. Muitos erros serão evitados pela cuidadosa consideração do
contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia, procurar respostas
para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê? Quando e
onde tudo isto aconteceu?
3. Observe que tipo de texto está a estudar
É uma narrativa que relata uma parte da história da Bíblia?
Está o autor a desenvolver um argumento para explicar ou refutar alguma
doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma
oarábola? É parte do Novo Testamento, ( que se aplica nos dias de hoje) ou da
velha lei ( que governava os judeus do Velho Testamento)?
4. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou
tradições humanas.
5.
Faça anotações. Muitas pessoas acham útil o uso de
um caderno para anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem
saber, etc. Mais leituras e estudo, muitas vezes responderão a dúvidas ou
questões, por isso é bom ter anotações que você possa usar para aumentar seu
conhecimento.
6.
Lembre-se de que a Bíblia nos dá o
que necessitamos, mas nem tudo o que poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus, está
além de nossa compreensão, e há muitas coisas que poderemos querer saber, e que
não estão reveladas na Bíblia ( veja deuteronómio 29;29). Temos que aprender a
contentarmo nos com o que Deus disse, e não devemos permitir nos opinar e
presumir para falar onde Ele não falou.
O VALOR DO ESTUDO BÍBLICO
O estudo
bíblico é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos benefícios
nesta vida, e ajuda a equipar nos para ficar na presença de Deus eternamente.
Somos grandemente abençoados pelo
privilégio de nos ser permitido ler e reler a carta de amor que Deus nos deu
nas Escrituras. Reflicta bem em Salmo 119;14-17
“Mais me regozijo com o caminho dos teus
testemunhos do que com todas as riquezas. Meditarei nos teus preceitos e às
tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei
da tua Palavra. Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a
tua palavra.”